Dicas Mateiras

Regras práticas para previsão do tempo.

Na falta de instrumentos, a natureza nos oferece boas indicações para prever o tempo. Os marinheiros e pescadores têm sempre um repertório de regras práticas, algumas em pitorescos versos e raras vezes erram quando lhes perguntamos o tempo que vai fazer.

Sinais de bom tempo:

Céu: azul brilhante, límpido; rosado ao pôr do sol; cinzento claro pela manhã.
Vermelha alvorada,
Vem mal encarada
Rosado sol posto,
Céu bem disposto
Nuvens: altas, de contornos vagos, brancas, leves, transparentes, desfazendo-se.
Lua: brilhante, de contorno nítido.
Estrelas: pequenas, com poucas cintilações.
Nevoeiro: baixo pela manhã; evaporação rápida do orvalho; nevoeiro depois de mau tempo indica o fim da tormenta.
Cerração baixa,
Sol que racha
Depois da chuva, nevoeiro,
Tens bom tempo, marinheiro
Relâmpagos: brilhando em horizonte puro.
Horizonte puro, com fuzis brilhando,
Terás dia brando, com calor seguro.
Ventos: sopram os ventos normais.
Arco-íris: à tarde, é sinal que a chuva vai suspender.
Fumaça: sobe rapidamente.
Animais: as andorinhas voam alto, as cigarras cantam, rãs e sapos ficam mudos, as aranhas trabalham nas suas teias, os besouros zumbem, os carneiros sobem os morros e se espalham, os gatos lavam-se. Pássaros cantando durante a chuva, indica que o tempo vai suspender.


Sinais de chuva:

Céu: céu carregado, de nuvens pesadas. Ao pôr do sol: céu alaranjado pálido ou vermelho carregado. Pela manhã: céu vermelho, montanhas escuras.
Nuvens: nuvens negras, carregadas, de formas pequenas, tocadas pelo vento, penduradas nas alturas, aumentando de volume ou descendo (se sobem ou se dispersam, o tempo melhorará).
Lua: lua pálida, esfumaçada, de contorno pouco nítido, rodeada por uma coroa (coroa longe, chuva perto; coroa perto, chuva longe).
Lua à tardinha, com seu anel,
Dá chuva à noite ou vento a granel.
Estrelas: céu sem nuvens e estrelas obscurecidas; quando cintilam muito haverá mudança de tempo.
Nevoeiros: nevoeiro alto e espesso, cobrindo os cumes das montanhas; vales e planícies claras. Quando o nevoeiro se forma sob o sol, é sinal de chuva durante o dia.
Ventos: ventos anormais ou mesmo a ausência dos normais, indicam perturbação atmosférica.
Arco-íris: arco-íris pela manhã.
Outros sinais: orvalho demorado pela manhã, umidade nas barreiras, a fumaça depois de subir um pouco, baixa; sente-se mal estar, os calos doem.
Animais: as baratas ficam alvoroçadas; os galos cantam mais alto que o habitual; os sapos coaxam, as andorinhas voam inquietas, rasteiras e piam; as moscas ficam dentro de casa. Os porcos ficam inquietos, grunhindo.
Se as galinhas cantam antes do pôr do sol, chuva no dia seguinte. Antes da chuva, as galinhas tornam-se barulhentas, os galos cantam fora de hora. Se durante a chuva elas se resguardam, é sinal de aguaceiro, se não se incomodam, é que a chuva é contínua. Os peixes nadam próximo à superfície. As abelhas ficam nas colmeias ou afastam-se pouco.

Raios – o que fazer?

Você já deve ter acampado sob várias circunstâncias climáticas. Com certeza, a que mais desconforto causa é a chuva quando vem acompanhada de raios e trovões.
Segundo dados da proteção civil, 100 pessoas morrem no Brasil por ano atingidas por raios.
É bom que você, como escoteiro, saiba como agir quando esteja em um ambiente de raios e trovões.

Ao ar livre:

- Procure refúgio no interior de edifícios, casas, automóveis, ônibus, caminhões, trens, barcos, desde que estejam fechados.
- Se escolher abrigar-se dentro de um veículo, desconecte o sistema de ventilação e de ar condicionado.
- Evite as correntes de ar e, pelo mesmo motivo, não corra durante uma tempestade de raios.
- Fique longe de estruturas metálica, como cercas, fios elétricos, trilhos de trem, antenas, etc.
-  Não ande em bicicletas, motos ou outro veículo aberto durante a tempestade.
- Fique longe de lugares elevados e lugares abertos.
- Evite procurar abrigo nas árvores, muito menos quando estas estejam isoladas e em um terreno elevado. Se não há alternativas, é preferível que você se refugie em um bosque denso.
- Se você se abriga em uma caverna, fique em seu interior e não na entrada.
- Caso esteja em um grupo de pessoas, diga que se afastem uma das outras.
- Fique longe de rios, lagos ou outros lugares com água.
Caso não exista nenhum lugar para se refugiar e você se encontre em um ambiente aberto, use a posição de segurança: pés juntos com os calcanhares levantados o máximo possível, de cócoras, com a cabeça entre as pernas e com as mãos tampando os ouvidos.

Em casa:

- Tire da tomada todos os aparelhos elétricos.
- Não use telefone (o sem fio pode ser usado);
- Não fique próximo a tomadas, canos, janelas e portas metálicas;
- Não toque em equipamentos elétricos que estejam ligados à rede elétrica.

Lendas e verdades.

Nem sempre a sabedoria popular acerta e as informações falsas podem prejudicar a segurança no caso de raios.
Lenda: Se não está chovendo não caem raios.
- Os raios podem chegar ao solo a até 15 km de distância do local da chuva.
Lenda: Sapatos com sola de borracha ou os pneus do automóvel evitam que uma pessoa seja atingida por um raio.
- Solas de borracha ou pneus não protegem contra os raios. No entanto, a carroceria metálica do carro dá uma boa proteção a quem está em seu interior; sem tocar em partes metálicas. Mesmo que um raio atinja o carro é sempre mais seguro dentro do que fora dele.
Lenda: As pessoas ficam carregadas de eletricidade quando são atingidas por um raio e não devem ser tocadas.
- As vítimas de raios não “dão choque” e precisam de urgente socorro médico, especialmente reanimação cardio-respiratória.
Lenda: Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar.
- Não importa qual seja o local ele pode ser atingido repetidas vezes, durante uma tempestade. Isto acontece até com pessoas. O guarda florestal norte-americano Roy Sullivan foi atingido sete vezes durante sua vida. Sofreu pequenas queimaduras, contusões, tombos e roupas rasgadas. Hoje, aposentado, Roy mora numa casa reboque com um pára-raios em cada quina.

 – Algodão Carbonizado ou Charcloth.

como fabricar combustível sólido apenas com algodão e vela. Além de ser uma boa atividade para fazer em um acampamento, é uma técnica útil se você deseja dispensar o uso do fogareiro a gás ou da espiriteira.
Para os que gostam da boa e velha fogueira, também há truques interessantes para acendê-la, como veremos a seguir.

Algodão carbonizado.

Não há muito que dizer sobre o conceito de algodão carbonizado. Como o próprio nome indica, trata-se de uma tela queimada feita de algodão, que usaremos para iniciar um fogo.
Para fazer esta tela, você precisará de duas coisas: uma lata pequena de metal e um pedaço de pano de algodão. Para que o resultado seja bom, tente encontrar um pano feito 100% de algodão (você pode ver de que material é feito olhando na etiqueta). Além disso, é recomendável que você use um tecido consistente, como o de uma lona ou calça jeans. Não vá retalhar roupas novas!  Peça retalhos a uma costureira ou use trapos encontrados em sua casa.
Pegue a latinha e faça, com todo cuidado, um pequeno furo em sua tampa. Coloque tiras ou rolinhos de tela dentro da lata e feche.
Se você vai usar uma fogueira, coloque a lata sobre as brasas ou, se estiver em casa, no fogo baixo. É importante lembrar que você deve fazer o trabalho sob a supervisão de um adulto. Isto não significa que o adulto fará todo o trabalho, apenas peça para ele estar presente enquanto você faz seu algodão carbonizado.
Após colocar a lata no fogo, uma fumaça constante começará a sair pelo furo (às vezes podem sair pequenas chamas). Isso é sinal que o algodão lá dentro está queimando.
Quando a fumaça parar, significa que o nosso algodão carbonizado está pronto. Nesse momento, e novamente com todo cuidado, tire a latinha do fogo e rapidamente tampe o furo feito na tampa com um palito. Por que isso? Se o oxigênio entrar, o carvão acabará se transformando em cinzas.
Agora é só esperar a lata esfriar e verificar se o carvão foi feito com êxito.
Talvez não saia muito bem na primeira tentativa, mas isso não é motivo para desistir. Pratique a técnica em acampamentos com seus companheiros e lembre-se sempre de fazer este tipo de atividade na presença de um adulto.

Já tenho o algodão carbonizado. E agora?

O algodão carbonizado deveria fazer parte de seu EIP, ou seja, do equipamento individual de proteção, do qual se falará mais em outro artigo.
Esse tipo de carvão feito à base de algodão acende muito fácil com qualquer faisca, inclusive causando atrito entre duas pedras de quartzo! Por isso, você poderá usar qualquer objeto que produza faísca, seja um isqueiro, uma pederneira ou até mesmo concentrar os raios de sol no carvão através de uma lente.
O algodão carbonizado não produz chama, mas uma brasa constante que não se apaga com o vento. Para conseguir que o seu charcloth provoque fogo,você deverá fazer uma mecha e, para isso, poderá usar um sisal desfiado ou capim seco.
  


 

 

                                             Algumas regras para rastrear e se camuflar:


Evite recortar o horizonte.
- Na natureza existem poucas retas. O observador tentará procurar formas familiares para identificar a pessoa que esteja se camuflando: uma cabeça, uma figura humana, que é facilmente reconhecida si está se destacando no horizonte.
- Evite as cores que não sejam comuns em bosques ou montanhas (vermelho, amarelo, branco etc.). Escolha sempre cores escuras, como o verde, preto, marrom, azul escuro, etc.
- A camuflagem perfeita deve ser feita pintando o rosto. Para isso, use terra, barro, cinza de carvão, ou pintura para camuflagem etc.
- A silhueta deve ser dissimulada com arbustos e folhas. Lembre-se que ficar sobre o horizonte é a maneira mais fácil de identificar uma pessoa.
- O voo repentino de pássaros pode delatar sua presença, por isso tome cuidado e identifique, antes de qualquer movimento, a probabilidade de espantar alguns desses pássaros.
- Não se assuste ao se topar com lagartos, aranhas, etc. Fiquei quieto e dê-lhes precedência no trânsito.


Como caminhar?

Quando você esteja caminhando, apoie a ponta do pé, pois caminhar sobre o calcanhar provoca muito ruído. Lembre-se que o silêncio é uma das principais habilidades do bom rastreador.
Comunique-se por gestos previamente combinados entre seus companheiros de marcha camuflada.

Na grama, pise com o calcanhar. Nas pedras, pise com os dedos.


Preparando o movimento:

- Verifique e melhore sua camuflagem.
- Verifique se o equipamento que está levando prejudica sua camuflagem. Pulseiras, brincos, relógios e objetos brilhantes podem delatar sua posição. Evite objetos que possam ficar presos em árvores e arbustos, provocando ruído.
- Mantenha o corpo o mais próximo do chão que você puder.
- Se alguém desconfiar de sua presença, não saia correndo ou tente se esconder. Permaneça imóvel.


O chapelão escoteiro?

É muito útil, pois você poderá colocar por cima dele uma rede do tipo de saco de cebolas (do tipo, porque é frequentemente na cor vermelha).
Esta rede entra por dentro da sua gola e na rede você prenderá matinhos, galinhos na cor do fundo aonde você estará.
Poderá prender na rede, por uma ponta, diversos trapinhos de cor única deixando-os soltos.
Poderá usar retalhos de tecidos ao modo de tiras.


O uso da pintura para camuflagem.

Há muitas lojas de artigos militares que vendem bastões ou kits de pintura para a camuflagem.
Caso você adquira um desses kits, verifique se não é alérgico à tinta: faça um teste aplicando-a sobre uma parte na qual a pele do seu corpo é fina (a dobra do braço, pelo lado interno). Verifique se a pele se avermelha ou se começa a coçar. Se a pele ficar mais rosada, ou ser der a “comichão”, limpe tudo e se esqueça.


E as cores?

O material da camuflagem pode ter uma única cor ou diversos padrões misturados de cores.
A razão para usar esse tipo de padrão é causar confusão visual.
Quando se olha para um pedaço de mancha camuflada em um ambiente semelhante, o  cérebro une, conecta as linhas das manchas coloridas com as linhas das árvores, do chão, das folhas e das sombras, fazendo que você fique camuflado junto ao ambiente.
Isso afeta a maneira como se percebe e reconhece a pessoa ou objeto que está usando a camuflagem

Quando esteja se camuflando, evite os lugares com luz. Fique sempre atento, pois a sua sombra pode te delatar.

E a rolha?

Se você tiver certeza que tem uma rolha feita de cortiça nas mãos….. pegue o seu “réchaud”, o seu “fogo em latinha” e AO AR LIVRE.. sempre ao AR LIVRE, queime a cortiça devagar se protegendo quer dos vapores quer do fogo.
Depois de queimada a cortiça, faça uma prova…. é preto ! Você pode aplicá-la no rosto, logicamente depois de fria, para se camuflar à noite. O mesmo se aplica ao carvão de uma fogueira já apagada.


Como posso praticar estas técnicas?

Ao acampar com a sua Tropa, faça sub-campos separados uns dos outros e peça ao seu Monitor para ser mandado ao outro como observador do outro campo. Mova-se sem ser visto, use binóculos, anote um período da vida daquele campo … e volte sem nada ter tirado do outro campo. Use seu equipamento fotográfico para mostrar as suas habilidades.

Um possível jogo.

Esta atividade, que deve ser praticada à noite, é conhecida por vários nomes em distintas regiões do país. Nós a chamaremos simplesmente de Apague a vela!
O terreno deve ser acidentado e/ou com bastante vegetação para que os escoteiros possam usar as técnicas de camuflagem.
A Tropa deverá estar a 100m de uma vela acesa.
A uma distância de 5 ou 10m da vela, escoteiros (os monitores, por exemplo) estarão vigiando com suas lanternas.
O objetivo da Tropa é se aproximar da vela e tentar apagá-la sem ser vista.
Os escoteiros com a lanterna, ao verem ou escutarem alguém, deverão iluminar com a lanterna diretamente na posição do intruso e falar seu nome. Os membros da Tropa que forem pegos (ou seja, iluminados pela lanterna) terão que voltar ao princípio e recomeçar.
Os vigias só poderão usar a lanterna se realmente ouvirem ou verem alguém. Não poderão estar com a lanterna o tempo todo ligada.

Importante: Caso você venha a sofrer um mal estar, ou desmaie, estando camuflado seria difícil te localizar. Por isso, tanto o jogo como as técnicas devem ser colocados em prática sempre em dupla com outro escoteiro e sob a supervisão de um adulto. Leve também um apito em seu EIP, para que possa ser usado em caso de necessitar ajuda.


Atividade de Patrulha  – Abrigos naturais

Para um acampamento, para uma etapa de classe ou especialidade, veja algumas dicas para a construção de um abrigo natural.
A principal função do abrigo é proteger o indivíduo contra os perigos e ameaças do entorno onde deverá sobreviver. Um abrigo bem construído proporciona também conforto físico e bem-estar psicológico, fatores decisivos quando queremos nos adaptar ao meio em que nos encontramos. Os tipos de abrigos podem variar muito: desde um simples teto construído rapidamente com um toldo, até uma cabana feita com troncos. A complexidade e o tamanho do abrigo que queremos construir, depende de alguns fatores.
Antes de construir, devemos levar em consideração dois aspectos fundamentais: as ferramentas disponíveis e o caráter do abrigo, ou seja, se será construído para uma breve ou prolongada estadia. Sem uma faca, canivete ou uma machadinha, todos os esforços deverão concentrar-se na construção de um abrigo de pequeno porte, mesmo que seja para uma estadia prolongada. Devemos levar em conta, também, o tempo necessário para trabalhar os materiais (principalmente a madeira) e nossas habilidades neste sentido.
Contudo, um escoteiro poderá construir um abrigo aceitável com poucas ou nenhuma ferramenta em qualquer circunstância, já que seu adestramento na arte mateira permite isso. E a chave para construir um abrigo com as qualidades necessárias para nossas necessidades se resume a uma palavra que o escoteiro conhece bem: improvisar. O improviso, unido às habilidades escoteiras, pode resultar em grandes e úteis pioneirias, entre elas o abrigo.
abrigo-7
Regras gerais para a construção de um abrigo:
- Mesmo que seja pequeno, deverá ser bem construído, firme e confortável;
- Deve proteger contra os ventos predominantes da região;
- Deve proteger contra chuvas;
- Deverá permanecer limpo para que não atraia animais selvagens;
- Uma fogueira deverá permanecer acesa à noite para espantar os animais
selvagens;
- Caso queira usar um cipó no lugar do sisal ou corda, escolha o mais
resistente e flexível.

Encargos de Patrulha.


Neste caso, vamos dar uma olhada como pode (ou deveria) ser dividido os encargos dentro de uma Patrulha.




Almoxarife:
- cuida de todo o equipamento da patrulha;
- repara todo material danificado;
- cuida da limpeza dos lampiões;
- acende os lampiões na hora certa;
- limpa e afia as ferramentas;
- é responsável por todo o equipamento da
patrulha.
Cozinheiro:
- é o primeiro a levantar-se;
- acende o fogo e põe a água para ferver;
- cozinha de maneira higiênica;
- mantém limpos todos os utensílios da
cozinha;
- nunca põe utensílios e alimentos no chão;
- deixa tudo ordenado para inspeção diária;
- apaga o fogo e limpa o fogão;
- não desperdiça água, alimentos etc;
- não usa água já usada;
- demarca a área da cozinha.
Ajudante do cozinheiro:
- ajuda o cozinheiro em todos os afazeres;
- limpa o local da cozinha;
- lava e limpa todos os utensílios da
cozinha;
- ajuda a servir a mesa junto ao cozinheiro;
- é o ultimo a servir-se;
- chama a comer por ordem do cozinheiro.
Encarregado da água:
- tem sempre água na cozinha;
- ajuda o ajudante do cozinheiro na
limpeza;
- queima os restos na fossa ou no
incinerador;
- varre a água na hora da inspeção.
Lenhador:
- responsável de por à disposição do cozinheiro
lenha grossa e média;
- para inspeção é de sua responsabilidade a
ordem e a limpeza do canto das lenhas e do lenhador.
Monitor:
- coordena todas as atividades da sua Patrulha;
- é responsável pela ordem e disciplina;
- é exemplo de Espírito Escoteiro, ordem e
asseio;
- sabe mandar e considerar seu próximo;
- decide qualquer problema interno na Patrulha;
- passa revista antes da inspeção;
- leva consigo a bandeirola da Patrulha;
Sub-monitor:
- todas as obrigações do monitor, se este
estiver ausente;
- passa revista antes da inspeção de campo.

Dependendo das necessidades da Patrulha, o monitor poderá convocar um
Conselho de Patrulha para acrescentar mais encargos, como por exemplo,
tesoureiro, que cuida das finanças e compra do material da Patrulha.



                                                                 Orientação

ORIENTAÇÃO PELAS ESTRELAS
A orientação pelas estrelas é um dos métodos naturais mais antigos, em todas as civilizações. As constelações mais usadas pelos Escuteiros, no Hemisfério Norte, são a Ursa Maior, Ursa Menor, Orion e a Cassiopeia.

A Ursa Maior
A Ursa Maior é uma das constelações que mais facilmente se identifica no céu. Tem forma de uma caçarola, embora alguns povos antigos a identificassem como uma caravana no horizonte, bois atrelados, uma concha e mesmo um homem sem uma perna. O par de estrelas Merak e Dubhe formam as chamdas «Guardas», muito úteis para se localizar a Estrela Polar. Curiosamente, existem duas estrelas (Mizar e Alcor) que se confundem com uma apenas, mas um bom observador consegue distingui-las a olho nú.

A Ursa Menor
A Ursa Menor, ligeiramente mais pequena que a Ursa Menor, é também mais difícil de indentificar, principalmente com o céu ligeiramente nublado, uma vez que as suas estrelas são menos brilhantes. A sua forma é idêntica à da Ursa Maior. Na ponta da sua «cauda» fica a Estrela Polar, bastante mais brilhante que as outras estrelas, e fundamental para a orientação. Esta estrela tem este nome precisamente por indicar a direcção do Polo Norte. As restantes constelações rodam aparentemente em torno da Estrela Polar, a qual se mantém fixa.

Orion ou Orionte
A constelação de Orion (ou Orionte) é apenas visível no Inverno, pois a partir de Abril desaparece a Oeste, mas é muito facilmente identificável. Diz a mitologia que Orion, o Grande Caçador, se vangloriava de poder matar qualquer animal. O terrível combate que travou com o Escorpião levou os deuses a separá-los. A constelação de Escorpião encontra-se realmente na região oposta da esfera celeste, daí nunca se conseguirem encontrar estas duas constelações ao mesmo tempo acima do horizonte.
A constelação de Orion parece, assim, um homem, sendo as estrelas Saiph e Rigel os pés. Ao meio aparecem 3 estrelas em linha recta, que se reconhecem imediatamente, dispostas oblíquamente em relação ao horizonte. Este trio forma o Cinturão de Orion, do qual pende uma espada, constituída por outras 3 estrelas, dispostas na vertical.
Prolongando uma linha imaginária que passe pela estrela central do Cinturão de Orion, passando pelas 3 estrelas da «cabeça», vamos encontrar a Estrela Polar.

A Orientação pelas Estrelas
Se traçarmos uma linha imaginária que passe pelas duas «Guardas» da Ursa Maior, e a prolongarmos 5 vezes a distância entre elas, iremos encontrar a Estrela Polar. A figura ilustra este procedimento, e mostra também o sentido de rotação aparente das constelações em torno da Estrela Polar, a qual se mantém fixa.
Se prolongarmos uma linha imaginária passando pela primeira estrela da cauda da Ursa Maior (a estrela Megrez) e pela Estrela Polar, numa distância igual, iremos encontrar a constelação da Cassiopeia, em forma de «M» ou «W», a qual é facilmente identificável no céu. Assim, a Cassiopeia e a Ursa Maior estão sempre em simetria em relação à Estrela Polar.
Para obter o Norte, para nos orientarmos de noite, basta descobrir a Estrela Polar. Se a «deixarmos cair» até ao horizonte, é nessa direcção que fica o Norte.






. Princípios básicos de orientação – Pontos cardeais, colaterais e graus

Para ser capaz de se orientar você precisa no mínimo ter a noção dos pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) e também dos colaterais (nordeste, nororeste, sudeste, sudoeste). Lembre-se da aula de geografia do colégio, o sol nasce sempre no Leste e se põe sempre no Oeste, com isso é possível pela posição do sol determinar onde fica o Leste ou Oeste e assim obter a direção do Norte e do Sul.
Ficando de pé aponte a sua mão direita para o sol nascente, este ponto é o Leste. Sua mão esquerda estará apontada para o Oeste e na sua frente estará o Norte e nas suas costas o Sul. Esse método elementar foi usado durante muito tempo por povos primitivos, permitindo a orientação deles quando saíam de um lugar para o outro.
Seria ótimo se pudéssemos nos orientar em um terreno usando somente este conceito. Mas nem tudo é perfeito e a nossa necessidade nos fez criar mais direções, essas direções são conhecidas como “pontos colaterais”. Os pontos colaterais situam-se entre um ponto cardeal e outro, por exemplo, entre o Norte e o Leste temos o ponto colateral chamado de Nordeste; entre o Sul e o Leste temos o Sudeste; entre o Sul e o Oeste temos o Sudoeste; e entre o Oeste e o Norte temos o Noroeste. A figura abaixo, conhecida como Rosa dos Ventos, mostra como esses pontos são posicionados.
rosa-dos-ventos Os pontos cardeais e colaterais mostrados ao lado costumam ser abreviados usando letras, essa abreviação segue o padrão:
Pontos Cardeais:
N – Norte
L ou E – Leste/East (onde o sol nasce)
S – Sul
O ou W – Oeste/West (onde o sol de põe)
Pontos Colaterais:
NE – Nordeste (ponto entre o Norte e o Leste)
SE – Sudeste (ponto entre o Leste e o Sul)
SW ou SO – Sudoeste (ponto entre o Sul e o Oeste)
NW – Noroeste (ponto entre o Oeste e o Norte)
Se você olhar bem para a rosa dos ventos notará que se os pontos forem unidos por uma linha eles formam um círculo. Baseado nisso cada ponto desses ganhou uma medida em graus. Esses graus são fundamentais para a nossa orientação, pois eles é que nos dirão com precisão onde estamos e para qual direção devemos seguir. Não tem mistério nenhum para entender essa graduação. O norte é o 0º e também o 360º, partindo do norte em sentido horário os graus vão subindo até chegar aos 360º. Para entender melhor observe o desenho abaixo.
rosa-graduada
Algumas bússolas são divididas de 10 em 10 graus, outras em 20 em 20 graus, outras em 30. Quanto maior for a divisão da bússola mais precisa ela se torna, permitindo a localização de graus com valores quebrados, como 275º por exemplo. A que eu costumo usar para orientação e competição de trekking é dividida de 20 em 20 graus e entre as divisões a marcação é de 2 em graus, com isso a precisão é perfeita.
Não se preocupe com esses graus agora, apenas tenha uma idéia de como estão posicionados. Não é necessário decora-los.

2. A Bússola Silva ou Cartográfica

A bússola que utilizamos para orientação costuma ser aquela conhecida como bússola Silva ou Cartográfica, um tipo de bússola diferente, que é montada em cima de uma régua de acrílico. Nada impede que você use uma bússola comum para se orientar, contudo, a tarefa fica muito mais simples com o uso da bússola Silva.
Esse tipo de bússola é composto por vários itens diferentes, conhecer e saber para que serve cada item desses é fundamental, acompanhe o desenho abaixo e veja como se chama cada parte de uma bússola Silva e qual a função de cada uma delas.
bussola-partes
O visual pode variar de modelo para modelo ou entre fabricantes, mas a maioria ds bússolas deste tipo apresenta os recursos acima, com exceção de algumas que não possuem a escala de declinação magnética. Mas esta escala de declinação não é tão importante, mais na frente veremos como trabalhar sem ela. Como eu disse antes, cada parte tem uma função:
- Régua: serve para duas coisas: medir a distância entre dois pontos para calcular a distância entre eles baseado na escala do mapa; e traçar linhas retas entre dois pontos do mapa para fins de navegação.
- Escalas: servem para simplificar o uso da régua, usando as escalas você não precisa calcular a distância entre os pontos, pois as escalas já são graduadas em metros ou kilômetros de acordo com o padrão indicado próximo a elas.
- Seta de direção ou azimute: é usada para localizar a direção em graus de um determinado ponto, ou seja, o azimute de um ponto (veremos depois o que isso significa).
- Limbo giratório: possui a marcação dos pontos cardeais e dos graus, fundamental para o uso da bússola.
- Portão: uma marcação logo abaixo da marca do norte que fica no limbo, é usado no processo de navegação. Pode ser uma seta como na foto ou duas marcas paralelas.
- Linhas meridionais: servem para alinhar a bússola com as linhas do mapa, garantindo assim que ela esteja apontando a direção exata.
- Escala de declinação: serve para ajustar a graduação da bússola em relação à declinação magnética (diferença entre o norte magnético e o verdadeiro norte, explicarei melhor isso em outro artigo).
- Agulha imantada: é a agulha que aponta o norte (parte vermelha).

3. Azimute

Azimute é um termo de origem árabe (as-sumut) que significa “caminho ou direção”, para nós ele é uma direção indicada em graus, indo de 0 até 360 graus. Isso significa que é possível marcar a direção de um ponto de referência através dos graus. Com essa marcação, qualquer pessoa pode navegar entre um ponto e outro se souber o azimute do ponto de destino
Imagine a seguinte situação: você está caminhando por uma trilha e chega até um descampado, neste descampado existem quatro opções de trilhas para seguir, se você souber que a trilha certa está situada em 270º basta pegar a sua bússola e encontrar onde está esta direção, onde está o azimute para 270º…
Veja como usar o azimute:
Se você já tem o valor do azimute basta fazer o seguinte:
Vamos supor que você tenha um valor de 100º para o azimute, para encontrar esta direção você deverá seguir estes passos:
1. Gire o limbo da bússola até que o grau do azimute (100º, no nosso exemplo) fique alinhado com a linha de fé (seta vermelha no acrílico).
2. Segure a bússola em frente ao seu corpo de forma que ela fique completamente reta (horizontalmente) e estável.
3. Gire o seu corpo sobre os pés até que a ponta vermelha da agulha fique alinhada com o portão da bússola (ou com a marca N do limbo, é a mesma coisa).
4. A direção apontada pela linha de fé da bússola é a direção para onde você deve seguir, ou seja, é o seu azimute de 100º.
Agora suponha que você quer descobrir o azimute de um ponto de referência, uma montanha por exemplo:
1. Aponte a linha de fé para a nossa montanha (nosso ponto de referência).
2. Gire o limbo da bússola até que o portão (ou marcação N no limbo) fique alinhado com a parte vermelha da agulha magnética.
3. O grau que estiver alinhado com a linha de fé é o azimute do nosso ponto de referência.


Azimute Reverso

Azimute reverso é uma direção em graus que usamos para voltar até o ponto inicial de onde partimos. Imagine que você esteja em uma estrada e deseja ir até um morro próximo. Você pára o seu carro, tira o azimute para o morro e navega até onde quer chegar. Chegando lá você vai voltar para o seu carro e descobre que não tem uma referência visual dele pois a vegetação não lhe deixa vê-lo. Para voltar ao seu ponto inicial de caminhada você deverá usar o azimute reverso, um processo simples, observe:
Se o seu azimute usado na ida até o suposto morro foi menor que 180º, pegue o valor deste azimute e some com 180, o resultado será seu azimute reverso (o azimute para voltar ao ponto inicial). Exemplo:
Azimute usado na ida: 90º
Como a azimute é menor que 180º
Some 90º com 180º e encontre o azimute reverso: 270º
Se o seu azimute usado na ida até o morro foi maior que 180º, pegue o valor deste azimute e diminua 180 para obter o seu azimute reverso. Exemplo:
Azimute usado na ida: 200º
Como o azimute inicial é maior que 180º
Diminua 180 de 200 e obtenha o azimute reverso: 20º
Note que o azimute reverso de 180º pode ser 0º ou 360º, já que estes dois graus (0 e 360) correspondem ao mesmo ponto na bússola.
O azimute e o azimute reverso mostrados nestes textos formam o princípio básico para chegar até um ponto e retornar para o ponto de origem, com esses conceitos bem praticados é possível se orientar entre um ponto e outro usando referências visuais sem problemas. Em outro artigo desta série eu pretendo falar sobre como localizar a sua posição em um mapa e então navegar até um ponto qualquer, mas isso será bem mais pra frente.

5. Declinação Magnética

Se fosse simples assim seria uma maravilha, não teríamos pessoas perdidas por aí. Era só tirar um azimute pra lá, calcular o outro pra cá e estaria tudo resolvido. Contudo um pequeno detalhe nos desorienta um pouco, trata-se da “declinação magnética”, isto é, a diferença entre o Norte apontado pela bússola (norte magnético) e o Norte verdadeiro ou geográfico – que é o norte real do planeta. Essa declinação magnética é uma diferença em graus entre um Norte e outro que pode fazer uma pessoa desviar, e muito, do norte verdadeiro. Entenda isso um pouco melhor:
declinacao-mag
A linha imaginária que aponta o Ng do desenho acima seria a direção para o Norte Verdeiro da Terra, já a linha representada pelo Nm é a que aponta a direção do Norte Magnético (aquela direção apontada pela bússola). A diferença entre elas é justamente a Declinação Magnética. Em alguns pontos do planeta essa diferença pode ser grande, o que faz a pessoa se orientar em direção a um norte “falso”. Portanto, entender e saber lidar com a declinação é uma coisa muito importante.
Essa declinação varia de um local para outro do planeta tanto no valor do grau quanto na direção (leste ou oeste). Além disso a variação é anual e constante, isto é, a cada ano aquele local sofrerá sempre uma variação de X graus. Esse valor pode ser obtido no rodapé da carta topográfica ou através da página Declination Calculator (neste caso é necessário informar a sua localização usando latitude e longitude, bem como a data).
declinacao-carta
Na imagem acima temos a representação da declinação magnética como ela costuma ser impressa nas cartas topográficas do IBGE. Algumas informações merecem destaque, são elas:
1. A data da carta: 1977
2. O valor da declinação: 18º 41′
3. O quanto a declinação cresce por ano: 8′
Com esses dados é possível calcular a declinação atual da carta e saber com exatidão onde é o norte verdadeiro.
Aliás vamos ver como esses cálculos são feitos:
A declinação cresce 8′ (minutos) por ano, logo temos um crescimento de (2009-1977)*8 = 256 minutos. Dividimos este resultado por 60 para obter os graus, sendo assim 256/60 = 4,266º. Para ser exato é necessário multiplicar os dígitos após a vírgula por 60, assim encontraremos os minutos precisos. Logo, 0,266*60 = 15.96 ou 16′. Pronto achamos a variação da declinação que devemos usar atualmente neste mapa: 4º 16′ (uma variação de pouco mais de 4 graus nesse período entre 1977 e 2009). Assim basta somar 18º 41′ com os 4º 16′ – o resultado (22º 57′) será a declinação que deve ser usada para se orientar.
Esse valor de 4 graus não iria afetar uma orientação geral, mas se a declinação fosse maior nesta região teríamos uma diferença maior, portanto é importante saber a declinação e aprender a calcular a atualização dela.
Aqui no Brasil a declinação é sempre para oeste (declinação negativa) por isso ao olhar o norte apontado pela bússola (norte magnético) você estará vendo um ponto situado um pouco a esquerda do ponto do verdadeiro norte.


Trilha – O que é indispensável na mochila??


Muita gente que está iniciando na prática do Escotismo costuma começar praticando Atividades, ou percorrendo trilhas – chame como preferir. Em geral essas pessoas não sabem o que levar dentro das mochilas e nem sempre perguntam aos Chefes ou a praticantes mais experientes o que elas devem levar. Existem itens tão importantes quanto o lanche ou a água que serão consumidos durante a caminhada, mas que nem sempre são óbvios para todos os participantes.
Eu vou montar um RESUMO dos itens que eu considero importantes para qualquer caminhante que se aventure pelas nossas florestas e montanhas. Confira:
1. Anoraque: o anoraque é um casaco semelhante a uma capa de chuva e a sua função é proteger a pessoa do vento e da chuva – uma combinação perigosa que pode causar hipotermia em alguém que é pego de surpresa por um temporal no meio de uma aventura;
2. Água extra: leve sempre um pouco mais de água. Em geral eu costumo levar entre 1,5 Lts e 3 Lts de água dependendo da atividade;
3. Canivete: uma lâmina é sempre útil. Melhor ainda se for um canivete suíço com multi-funções;
4. Lanterna e pilhas (testadas): pode acontecer algum imprevisto e a trilha pode acabar no escuro, então não deixe de ter uma lanterna e pilhas na sua mochila. Melhor ainda se você tiver pilhas sobressalentes e até mesmo uma lâmpada de reserva;
5. Micropore/esparadrapo: esses são legais quando você não sabe se o seu calçado machuca em algum ponto. Se ele começar a incomodar não pense duas vezes, use o micropore/esparadrapo para proteger o ponto do pé onde o calçado está machucando;
6. Isqueiro/fósforos: se por algum motivo (frio, sinalização, alimentação) for necessário acender uma fogueira a tarefa será bem mais simples se você tiver um isqueiro ou fósforos por perto. No caso dos fósforos mantenha-os em um pote de rosca junto com a lixa da caixinha, assim você os mantém secos. Lembre-se que é proibido acender fogueiras nos parques nacionais brasileiros, só faça isso em situações de real necessidade e mesmo assim tome cuidado com a vegetação ao redor do fogo;
7. Kit de primeiros socorros: poucos carregam esse item e só dão conta dele quando precisam. Um bom kit pessoal de primeiros socorros deve ter ataduras, gaze, álcool iodado, tesoura pequena, pinça, esparadrapos, soro fisiológico e band-aids para pequenos curativos. Esse é um kit simples para trilhas de um dia no máximo e que não estão longe de áreas povoadas, para montanhas ou caminhadas maiores o kit aumenta, incluindo itens como por exemplo: anti-inflamatórios, anti-ácidos, anti-espasmódicos (para cólicas), anti-diarréicos, descongestionante nasal, analgésicos para dor e febre, comprimidos para náusea e vômitos e sprays para garganta irritada. Vale a pena juntar ao kit um protetor solar e um repelente de mosquitos; Obs: esse kit é relativo vai algumas coisas são indispensaveis outras podem engrementar seu kit ou seja não pense só em você pense no proximo.
8. Bússola, carta topográfica e/ou GPS: em algumas situações até pessoas experientes podem se perder, portanto ter uma bússola, uma carta topográfica do local e até mesmo um GPS pode ser fundamental. Agora, leve esses itens mas tenha certeza de que você é capaz de usá-los corretamente…
9. Apito: um ótimo item caso seja necessário se comunicar com outras pessoas que estão separadas do grupo ou mesmo solicitar socorro. O som produzido pelo apito atinge um raio bem abrangente;
10. Celular/rádio de comunicação: hoje em dia o celular tem cobertura em diversos pontos e em muitos casos funciona nas montanhas ou dentro das florestas. Ele ou um rádio de comunicação podem lhe salvar de problemas caso seja necessário chamar socorro;
11. Kit de costura com linha e agulhas: afinal de contas, você pode rasgar a sua roupa em um galho ou algo assim…
12. Boné e óculos escuros: Caminhar em campo aberto debaixo de sol não é nada agradável. Proteja seus olhos e a cabeça. Insolação é um problema tão sério quanto uma hipotermia.
Esses itens são pequenos e com exceção do anoraque (dependendo do modelo do seu anoraque) eles ocupam pouco espaço na mochila e levá-los pode fazer muita diferença durante a sua aventura.


Código Morse

Para poder transmitir mensagens através do dispositivo eletro-magnético que havia inventado, o qual ele chamou de telégrafo, Morse precisava de um protocolo de comunicação. Inicialmente imaginou numerar todas as palavras e transmitir os seus números. Cada algarismo era representado por um conjunto de sinais longos e curtos. O receptor, usando um enorme "dicionário", transformaria os números em palavras e recuperaria a mensagem original.
Alega-se que Alfred Vail, um dos colaboradores de Morse, foi quem desenvolveu o chamado "Código Morse". As letras do alfabeto foram definidas pelo padrão "ponto e traço" e os menores conjuntos de sinais foram atribuídos às letras mais frequentes do Inglês. Conta-se que Vail pegou jornais e começou a contar letras, repetindo, provavelmente sem saber, o que os criptoanalistas árabes já haviam feito séculos atrás.
Este novo código reconhecia quatro estados: voltagem-ligada longa (traço), voltagem-ligada curta (ponto), voltagem-desligada longa (espaço entre caracteres e palavras) e voltagem-desligada curta (espaço entre pontos e traços), um sistema perfeito para o novo dispositivo de comunicação. Usando este novo sistema, Morse demonstrou o funcionamento do seu telégrafo em 1838, em Nova Iorque, transmitindo em 10 wpm, ou seja, 10 palavras (words) por minuto. Nem assim conseguiu vencer o ceticismo geral e ainda seriam precisos muitos anos até que congressistas e homens de negócio conseguissem entender a importância e o alcance deste novo meio de comunicação.

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